Defesa Civil apresenta relatório das áreas com risco de inundação


A Defesa Civil do Governo do Estado apresentou na tarde desta segunda-feira, 31, o primeiro relatório das áreas afetadas e áreas de risco em seis municípios atingidos pelas fortes chuvas deste ano. No período de 19 a 26 de janeiro representantes da Comissão de Defesa Civil - CODEC, composta pela Secretaria de Justiça e Cidadania - SEJUC e Corpo de Bombeiros visitaram seis municípios que apresentam áreas de risco: Assu, Jucurutu, Ipanguaçu, Apodi, Tangará e São Paulo do Potengi.

O relatório mostra problemas pela falta de conservação nos reservatórios, assoreamento de rios e obstrução de passagem para dar vazão às águas. Em Tangará, onde a parede do açude Guariba ameaça romper ocorreu a ampliação da erosão no último sábado. O Governo do Estado deslocou um trator do Departamento de Estradas e Rodagens - DER para atuar na recuperação da parede, a prefeitura alugou outro trator e o DNOCS disponibilizou caminhões caçamba. O Corpo de Bombeiro orienta a população a evitar tomar banho no açude ou permanecer nas proximidades. O secretario da SEJUC, Thiago Cortez, alerta que a população deve evitar utilizar as proximidades do açude como ponto turístico ou de lazer , pois as obras são paliativas e de emergência
destinadas a conter a erosão.

Barragens Armando Ribeiro e Santa Cruz estão com 70% da capacidade


A avaliação feita pela Defesa Civil do Rio Grande do Norte constatou que as barragens Armando Ribeiro Gonçalves no município de Assu e Santa Cruz, em Apodi, atingiram 70% da capacidade de armazenamento, faltando 4,5 metros para atingir o primeiro sangradouro.

A situação é de alerta vez que as duas barragens poderão sangrar com a ocorrência de 700 milímetros de chuva. Em Apodi, a Defesa Civil constatou risco de inundação, no caso de transbordamento da barragem, nos distritos de Caboclo, Caraforça, Carpina, Várzea de Salina, Várzea da Carreira, Trapiá I e II, Bamburral, Cipó e Baixa Faixada I e II. Em Apodi existem 12 mil pessoas morando em áreas de risco, segundo a COMDEC.

Nas regiões visitadas, a Defesa Civil constatou problemas que podem contribuir para as inundações. Para corrigi-los, o Governo do Estado está notificando as autoridades responsáveis, prefeituras, órgãos da União e do próprio Estado. Em Apodi, é preciso desassorear os rios Apodi e Umari, retirar entulhos, sedimentos, lixo e outros detritos para repor a capacidade de vazão.

No município de Ipanguaçu, a Defesa Civil constatou erosão na parede externa da barragem do Pataxó, defeito nas comportas, impossibilitando sua abertura para dar vazão às águas e elevado nível das águas.

Em Assu foi constatado erosão na parede externa da barragem Armando Ribeiro Gonçalves, o que mostra a falta de manutenção, riscos de inundação e isolamento nos bairros Lagoinhas e comunidades de Linda Flor, Santo Antonio, Martins, Estevão e Ilha Forte, favela Belo Horizonte.

A Defesa Civil também constatou risco de inundação em cidades que margeiam o rio Piranhas, como Carnaubais, Pendências, Itajá, Alto do Rodrigues, Ipanguaçu, Macau e Porto do Mangue.


Prefeitos podem solicitar ajuda diretamente do Governo Federal

O secretário estadual de Justiça e Cidadania, Thiago Cortez informa que os prefeitos que decretarem estado de calamidade ou de emergência em seus municípios, podem solicitar diretamente ajuda ao Governo Federal, sem esperar homologação pelo Governo do Estado. Segundo Thiago Cortez, esta condição é prevista na Lei 12.340, de 1º de dezembro de 2010, regulamentada pelo Decreto 7.257, de 4 de agosto de 2010.

"Antes os municípios precisavam aguardar homologação pelo Governo do Estado dos decretos de calamidade ou emergência para solicitar ajuda federal. Agora não, os prefeitos podem solicitar imediatamente a ajuda para atender as necessidades do seu município", enfatizou.


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